sábado, 10 de outubro de 2009

Rugby Sevens nos JO - Entrevista ao Presidente da FPR


Dídio de Aguiar Presidente da Federação...
"Estado não tem apoiado como era a sua obrigação"

Como "sentiu" a entrada do râguebi de sevens nos Jogos de 2016, que vão ter lugar no Rio de Janeiro (Brasil), decidida pelo Comité Olímpico Internacional?
É uma honra pertencer à família olímpica e, em princípio, isto vai significar uma maior exigência.

E qual o significado para o râguebi português?
Espero que o Estado passe a apoiar a modalidade como devia, o que não acontece, mesmo tendo participado em quatro dos cinco Mundiais. O desenvolvimento da modalidade, em especial a formação, tem sido feito exclusivamente por patrocinadores, já que o Estado não tem apoiado, como era sua obrigação.

Que apoios têm faltado?
Este ano foi-nos prometido no contrato-programa, pelo presidente do Instituto de Desporto de Portugal (IDP), Luís Sardinha, que iríamos receber 60 mil euros. Da última vez que falámos eram 36 mil. Não concordei com o corte sem justificação, pelo que não assinei o contrato.

Espera que as coisas agora possam ser alteradas?
Apesar do crescimento exponencial de atletas e dos bons resultados em Europeus e Mundiais, o facto de não ser modalidade olímpica fez com que o IDP nunca os valorizasse convenientemente. Mas, se integrarmos o programa de preparação olímpica, tudo pode mudar.

Como vai o Centro de Alto Rendimento (CAR), no Jamor?
A FPR entregou o projecto de arquitectura para a remodelação do CAR, prometida desde 2007, e continuamos a aguardar. As condições de treino são prejudicadas pela deterioração do ginásio (chove lá dentro), balneários entupidos, má luz nos campos (está a 30%), relvados dos campos velhos e que se transformam em lamaçais com as chuvas, para lá da praga de coelhos que fazem buracos na relva que podem provocar graves lesões. Promessas há muitas, mas continuamos à espera de decisões do IDP.

Quais são as hipóteses de Portugal estar presente na estreia do râguebi de sevens nos Jogos?
Apesar de estarmos ainda a sete anos de distância, acho que temos todas as possibilidades de estar no Rio de Janeiro. Como é reconhecido, temos uma aptidão natural para os sevens e, com os jogadores integrados no projecto olímpico, certamente que teremos uma maior resposta da juventude. Esta decisão vai obrigar todos os agentes da modalidade a evoluir. E o dinheiro vai ter de aparecer.

por ANTÓNIO JOSÉ HENRIQUES, em DN Desporto

3 comentários:

Anónimo disse...

quando é que chegam os equipamentos novos para os escaloes jovens? abraço

Anónimo disse...

Quando é que o site do gdd.pt vai estar pronto?

Anónimo disse...

É urgente um campeonato nacional de sevens. Os clubes devem saber explorar os beneficios monetarios que passarão a dispor por esta modalidade ser olimpica.


Ze Verdade